Por Leandro Beretta
Nunes
Alan Moore
É um dos escritores mais consagrados e admirados pelos fãs
de HQ. Seus trabalhos servem como parâmetro na indústria dos quadrinhos. Escreveu
obras como Watchmen, V de Vingança, Monstro do Pântano, Miracleman,
Piada Mortal entre outros, e teve seu próprio selo: o premiado ABC (America’s Best Comics). Moore costuma fazer grandes pesquisas
em seus projetos, tomando-lhe muito tempo. Também por isso, é considerado um
dos autores que revolucionaram os quadrinhos na década de 1980. Agora, depois
de anos sem parar, ele planeja tirar férias.
Biografia
No princípio...
Nasceu em 18 de novembro de 1953, em Northampton (Inglaterra),
uma cidade industrial entre Londres
e Birmingham. A infância e a
adolescência de Moore foram
influenciadas pela pobreza de sua família e do seu ambiente. Expulso de uma
escola secundária conservadora, não foi aceito em qualquer outra. Em 1971, era
um desempregado, sem qualquer qualificação profissional, exceto sua mente
brilhante.
O Começo nos Quadrinhos...
Em 1979, atuava como cartunista para a revista de música Sounds, onde escrevia e desenhava uma
história de detetive chamada Roscoe
Moscou, sob o pseudônimo de Curt
Vile. Moore concluiu que era um ilustrador fraco e decidiu focar seus
esforços em roteirizar. Suas primeiras
contribuições foram para a Doctor Who
Weekly e o mais famoso título de ficção científica 2000 A.D., onde criou várias séries populares, como A Balada de Halo Jones, Skizz e D.R. & Quinch.
Na Warrior, uma
antológica revista britânica, começou duas importantes séries: Marvelman
(conhecido por Miracleman) e V de Vingança, um subversivo conto
sobre a luta por liberdade e dignidade numa Inglaterra fascista. Ambas lhe conferiram o British Eagle Awards, como Melhor
Escritor de Quadrinhos em 1982 e 1983.
A Vinda Para a
América...
Seus talentos lhe garantiram a sua primeira série americana:
A Saga do Monstro do Pântano. Moore reinventou o personagem, enquanto
seu enredo girava em torno de temas pesados (controle de armas, racismo, despejo
de lixo nuclear, etc.). Exibindo grande profundidade e perspicácia em seu
trabalho, demonstrou que podia escrever sobre um largo leque de tópicos e
situações.
Além do Monstro do
Pântano, escreveu vários outros títulos da DC Comics, como A Legião dos Lanternas Verdes, um anual do Batman e algumas histórias do Superman.
Em 1986, enquanto a DC Comics estava reconstruindo seu
universo de quadrinhos, Moore escrevia
Watchmen, a HQ que redefiniu o meio,
com seus enredos detalhados, revelou um retrato realista dos super-heróis em um
mundo que não os entendia nem confiava.
Watchmen, (série em 12 partes e com arte de Dave Gibbons) é considerada por muitos como sendo a melhor HQ de
super-heróis de todos os tempos, fazendo de Moore uma estrela. Ele terminou suas histórias para o Monstro do Pântano, completou a storyline de V de Vingança para a DC
Comics e escreveu Batman: A Piada Mortal (com a maravilhosa arte de
Brian Bolland).
Porém, estava muito infeliz com o
fato de não possuir os direitos de Watchmen.
Ele sentia que não estava recebendo royalties adequados pela série. Além disso,
naquela ocasião, havia discussões sobre implementar um sistema de classificação
para as revistas de quadrinhos... o qual Moore
era firmemente contra.
Espírito independente
Uma vez livre da DC, começou vários projetos e no final
dos anos 1980, deixou os quadrinhos mais comerciais e populares para trabalhar
em editoras menores e independentes.
Em 1988, montou sua própria
editora, chamada Mad Love Publishing. Iniciou seus trabalhos em um roteiro
com o empresário dos Sex Pistols (Malcolm McLaren), chamado Fashion Beast. Ele também começou Big Numbers (com o artista Bill Sienkiewicz), duas séries para a Tabu (de Steve Bissette), Lost Girls
(com Melinda Gebbie) e a série Do Inferno (com Eddie Campbell), que reconstruiu os assassinatos de Jack, o Estripador em meticulosos
detalhes.
Moore também fez uma história pessoal chamada A Small Killing, com o artista Oscar
Zarate., Porém, ter sua própria editora não foi bom, das séries iniciadas
durante este período, somente Do Inferno foi concluída.
Trabalhou para a editora/selo Image, onde escreveu 1963, um tipo de compensação para os
péssimos roteiros de outros escritores que desembarcavam no meio dos quadrinhos
como resultado de Watchmen. Também
escreveu várias histórias para o Spawn de
Todd McFarlane.
Talvez o maior tesouro que recaiu
sobre a Image foi a reinvenção feita
por ele do personagem Supremo, uma
versão mal finalizada do Superman,
“criada” por Rob Liefeld. Moore construiu um personagem tanto
nostálgico quanto inventivo e o levou aos dias áureos da DC Comics.
Depois de um hiato de um ano
provocado por problemas financeiros, a série do Supremo foi retomada.
O ABC da vida
Moore passou a morar em Northampton
e a trabalhar em várias séries: Tom
Strong Adventures, A Liga Extraordinária, Supreme- The Return, Promethea e outros projetos que incluiu
um CD, livros e seu envolvimento com magia.
Ficou bacana.
ResponderExcluirObrigado meu caro! Aguarde o próximo.
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